domingo, 3 de julho de 2011

Religião e Maçonaria

Desde a antiguidade, até os dias de hoje, entende-se por religião a relação do homem para com Deus, para com o divino ou para com o sagrado.
O medo do desconhecido e a necessidade de dar sentido ao mundo que o cerca levou o homem a fundar diversos sistemas de crenças, cerimônias e cultos - muitas vezes centrados na figura de um ente supremo - que o ajuda a compreender o significado de sua própria natureza.
O ser humano é uma criatura instintivamente religiosa.
As religiões com seus princípios e orientações para a busca do superior, do divino, de Deus e de suas leis, auxiliam extraordinariamente o campo íntimo das criaturas que as aceitam. Mas será sempre necessário praticar e exemplificar os ensinos edificantes e não somente frequentar os templos e executar as cerimônias exteriores dos cultos religiosos.
A primeira missão das religiões é provar que existe um Deus que nos criou e que, se o nosso corpo físico é perecível, a nossa alma é eterna. Provar também que Deus, pela sua imensidade, está em tudo que existe. E sobre o respeito que devemos ter por Deus e a reverência que a Ele devemos consagrar.
Os valores religiosos verdadeiros, quando não deturpados em sua essência, constituem-se em poderosos incentivos para o crescimento e iluminação das almas, por sugerir-lhes, através da fé e da esperança, melhores condições no pensamento e nas ações.
A Maçonaria proclama, desde a sua origem, a existência de um PRINCÍPIO CRIADOR INCRIADO, ao qual, em respeito a todas as religiões, denomina o GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO.
Em si própria a Maçonaria não é uma religião, mas por isso mesmo se abre a todos os homens, sem distinção de crenças religiosas. Coloca-se imparcial entre todas as crenças religiosas e teorias filosóficas, e acima de todas as suas controvérsias, para fazer da liberdade de pensamento o seu fundamento.
A Maçonaria deixa livre a cada um dos seus membros adotarem e seguirem a religião de sua eleição, sem que os outros nada tenham a censurar-lhes.
O maçom deve ser fiel e serviçal entre todos os homens, sejam eles cristãos, budistas, muçulmanos, judeus, espíritas, umbandistas ou livres pensadores.
Àquele que é conduzido entre as colunas de seus templos, a maçonaria diz: "Aqui ninguém te interpelará pela tua crença, nem te injuriará".
Nossa Instituição coloca, em primeiro plano, a prática da tolerância, da solidariedade e da justiça. O iniciado pode assim contemplar alternativamente diversas fases do ideal a que aspira, aprendendo aos poucos, que deve procurar mais longe, e mais alto ainda, a plenitude da vida superior que deseja atingir subindo a escala das Iniciações Maçônicas.
A Maçonaria não é adversária da religião, mas sim a sua melhor cooperadora. Porém, condena o fanatismo, a obsessão religiosa. Não tolera a hipocrisia.
Resumindo, o principal dever do maçom em matéria de religião é o da prática da tolerância absoluta em relação às crenças alheias, no elevado intuito de, a despeito dos seus antagonismos e diversidades, aproximarem todos os homens de boa vontade, sob a bandeira da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade.

Baseado no texto extraído do Boletim Informativo das Lojas
4ª Região Maçônica.

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