sexta-feira, 20 de julho de 2012

O CÉTICO E O LÚCIDO


No ventre de uma mulher grávida estavam dois bebês. O primeiro pergunta ao
outro:

- Você acredita na vida após o nascimento?

- Certamente. Algo tem de haver após o nascimento. Talvez estejamos aqui
principalmente porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais
tarde.

- Bobagem, não há vida após o nascimento. Como verdadeiramente seria essa
vida?

- Eu não sei exatamente, mas certamente haverá mais luz do que aqui. Talvez
caminhemos com nossos próprios pés e comeremos com a boca.

- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É totalmente
ridículo! O cordão umbilical nos alimenta. Eu digo somente uma coisa: A vida
após o nascimento está excluída - o cordão umbilical é muito curto.

- Na verdade, certamente há algo. Talvez seja apenas um pouco diferente do
que estamos habituados a ter aqui.

- Mas ninguém nunca voltou de lá, depois do nascimento. O parto apenas
encerra a vida. E afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia
prolongada na escuridão.

- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas com certeza
veremos a mamãe e ela cuidará de nós.

- Mamãe? Você acredita na mamãe? E onde ela supostamente está?

- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos. Sem ela tudo isso não existiria.
 
- Eu não acredito! Eu nunca vi nenhuma mamãe, por isso é claro que não
existe nenhuma.

 - Bem, mas às vezes quando estamos em silêncio, você pode ouvi-la cantando,
ou sente, como ela afaga nosso mundo. Saiba, eu penso que só então a vida
real nos espera e agora apenas estamos nos preparando para ela...

Autor desconhecido.


domingo, 8 de julho de 2012

NO QUE NOS TORNAMOS...

Quino, autor da Mafalda, desiludido com o rumo deste século no que diz respeito a valores e educação, deixou impresso no cartum o seu sentimento: 








"A estupidez é infinitamente mais interessante que a inteligência. A inteligência tem limites, mas a estupidez, não".      Claude Chabrol

sexta-feira, 6 de julho de 2012

OS NÚMEROS (ÚLTIMA PARTE)

O número 10 (dez) é o número mais completo, é o numero que representa a árvore cabalística. É a representação da década através da 1 - Coroa (unidade, centro princípio de onde tudo emana); 2 - Sabedoria (pensamento criador, palavra, verbo); 3 - Inteligência (concepção e geração da idéia); 4 - Graça (bondade criadora, poder que dá e espalha a vida); 5 - Rigor (dever, reserva que obriga à restrição); 6 - Beleza (ideal, segundo o qual as coisas a constituírem-se. Aspiração); 7 - Vitória (discernimento que dissipa o CAOS); 8 - Esplendor (encadeamento necessário das causas e dos efeitos); 9 - Base (segundo o qual tudo se constrói. Prancheta de traçar); 10 - Reino (a pedra de perpétua transformação. Fonte de todas as ilusões e de todas as imposturas). Existem Dez mandamentos. No décimo dia após a ascensão de Cristo, o Espírito Santo desceu.
Como a água retorna ao mar, o corpo retorna à terra, e o tempo retorna à eternidade, o espírito deve retornar a Deus, e cada criatura retorna ao nada de onde foi criada.
O número 11 (onze) é considerado como misterioso e das forças invisíveis ou astrais, no sentido iniciático da palavra. Para o seu estudo, deve-se considerá-lo como a soma de 5 e 6; 4 e 7; 3 e 8; 2 e 9; e 1 e 10. Atribuindo-se a esses números o valor que eles têm no Tríplice ternário.
O número 12 (doze) simboliza o conhecimento divino. Corresponde à divisão mais antiga e mais natural do círculo. É o numero dos signos do zodíaco com seus doze anjos, é a divisão aplicada ao céu, por onde o Sol percorre regularmente em sua trajetória anual aparente em torno da terra. 

Pedro Neves .’. M.’. I.’. 33.’. MRA
PRECEPTOR DA SUPREMA ORDEM CIVIL E MILITAR DOS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS

SITES:
www.pedroneves.recantodasletras.com.br
www.periclesneves.recantodasletras.com.br
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www.cavaleirostemplariosbhmg.blogspot.com

domingo, 1 de julho de 2012

AFINAL, O QUE É INTELIGÊNCIA?


Isaac Asimov
Quando eu estava no exército, fiz um teste de aptidão, solicitado a todos os soldados, e consegui 160 pontos. A média era 100. Ninguém na base tinha visto uma nota dessas e durante duas horas eu fui o assunto principal. (Não significou nada – no dia seguinte eu ainda era um soldado raso da KP – Kitchen Police).
Durante toda minha vida consegui notas como essa, o que sempre me deu uma ideia de que eu era realmente muito inteligente. E eu imaginava que as outras pessoas também achavam isso.
Porém, na verdade, será que essas notas não significam apenas que eu sou muito bom para responder um tipo específico de perguntas acadêmicas, consideradas pertinentes pelas pessoas que formularam esses testes de inteligência, e que provavelmente têm uma habilidade intelectual parecida com a minha?
Por exemplo, eu conhecia um mecânico que jamais conseguiria passar em um teste desses, acho que não chegaria a fazer 80 pontos. Portanto, sempre me considerei muito mais inteligente que ele.
Mas, quando acontecia alguma coisa com o meu carro e eu precisava de alguém para dar um jeito rápido, era ele que eu procurava. Observava como ele investigava a situação enquanto fazia seus pronunciamentos sábios e profundos, como se fossem oráculos divinos. No fim, ele sempre consertava meu carro.
Então imagine se esses testes de inteligência fossem preparados pelo meu mecânico. Ou por um carpinteiro, ou um fazendeiro, ou qualquer outro que não fosse um acadêmico.
Em qualquer desses testes eu comprovaria minha total ignorância e estupidez. Na verdade, seria mesmo considerado um ignorante, um estúpido.
Em um mundo onde eu não pudesse me valer do meu treinamento acadêmico ou do meu talento com as palavras e tivesse que fazer algum trabalho com as minhas mãos ou desembaraçar alguma coisa complicada eu me daria muito mal. A minha inteligência, portanto, não é algo absoluto mas sim algo imposto como tal, por uma pequena parcela da sociedade em que vivo.
Vamos considerar o meu mecânico, mais uma vez. Ele adorava contar piadas. Certa vez ele levantou sua cabeça por cima do capô do meu carro e me perguntou:
“Doutor, um surdo-mudo entrou numa loja de construção para comprar uns pregos. Ele colocou dois dedos no balcão como se estivesse segurando um prego invisível e com a outra mão, imitou umas marteladas. O balconista trouxe então um martelo. Ele balançou a cabeça de um lado para o outro negativamente e apontou para os dedos no balcão. Dessa vez o balconista trouxe vários pregos, ele escolheu o tamanho que queria e foi embora. O cliente seguinte era um cego. Ele queria comprar uma tesoura. Como o senhor acha que ele fez?”
Eu levantei minha mão e “cortei o ar” com dois dedos, como uma tesoura.
 
“Mas você é muito burro mesmo! Ele simplesmente abriu a boca e usou a voz para pedir”
Enquanto meu mecânico gargalhava, ele ainda falou: “Tô fazendo essa pegadinha com todos os clientes hoje.”
“E muitos caíram?” perguntei esperançoso.“Alguns. Mas com você eu tinha certeza absoluta que ia funcionar”.“Ah é? Por quê?”“Porque você tem muito estudo doutor, sabia que não seria muito esperto”
 
E algo dentro de mim dizia que ele tinha alguma razão nisso tudo.
(tradução livre do original “What is inteligence, anyway?”)